quarta-feira, 5 de junho de 2019

mecanismos de controlo social



Os mecanismos de controlo social dizem respeito a um conjunto de meios que a sociedade usufrui para evitar todos os comportamentos considerados desviantes. 

Destes mecanismos fazem parte o processo de socialização onde se dá a aprendizagem e interiorização das normas e dos padrões de comportamentos socialmente desejáveis; e as sanções que visam assegurar a conformidade dos comportamentos às normas, podendo tratar-se de recompensas ou punições consoante os comportamentos sociais dos indivíduos.




Considera-se assim o processo de socialização um mecanismo de controlo social, pois permite que os indivíduos interiorizem os padrões de comportamento socialmente aceites. Por outro lado temos as sanções que se dividem em sanções negativas onde os indivíduos se afastam dos comportamentos por eles esperados e as sanções positivas onde os indivíduos apresentam comportamentos em conformidade com as normas estabelecidas.

Diogo Oliveira

Família

Parentesco- condição de ter laços com outras pessoas.

1. é aprendido culturalmente;

2. não é sempre determinado por laços de sangue ou biológicos;

A família é uma unidade de pessoas que vivem na mesma casa.

Os parentes nem sempre moram juntos ou atuam como um órgão coletivo todos os dias. Porém criam obrigações e responsabilidades (ajudar, cuidar).

Descendência – designa as pessoas com base na relação delas com a mãe ou com o pai.

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Teoria funcionalista 

A família atende às necessidades dos seus membros e contribui para a estabilidade social 

Funções:
1.Reprodução 
2. Proteção 
3.Socialização
4.Regulação do comportamento sexual
5. Afeto e companheirismo 
6.Dar status social 
Acrescem treino religioso, educação, lazer. 

Teoria do conflito
• A família é um reflexo da riqueza e do poder desiguais. A família legitima e
perpetua o domínio masculino.
• A família é uma unidade económica que contribui para a injustiça social. É a
base para a transferência do poder, da propriedade e dos privilégios de uma
geração para outra. Os filhos herdam o status dos pais.
• A classe social da família influencia as experiências de socialização dos filhos
e o grau de proteção que recebem. O status socioeconómico da família
influencia a nutrição, a assistência médica, a moradia e as oportunidades de

vida de uma criança. A família ajuda a manter a desigualdade.

Teoria interaccionista
Estuda o âmbito micro da família, o modo como

as pessoas interagem umas com as outras.

A família como instituição social
Grupo primário com duas caraterísticas fundamentais:
1.Reconhecimento especial à relação entre um homem e uma mulher
2.Importância dada ao parentesco no modo de organização familiar
Funções da família
1. Satisfação e controle das condutas sexuais
2. Função económica
3. Socialização
Sistemas familiares
Família nuclear
Família alargada 

                                                                                            Tiago Pereira nª21

sexta-feira, 31 de maio de 2019

Novo lugar da criança em casa e na sociedade


•Desde a proibição do trabalho infantil e instituição da escolaridade obrigatória tornaram a criança uma fonte de despesa para a família e não uma fonte de rendimento. No entanto deram-lhe um lugar central na orientação da afetividade dos elementos da família.

As teorias psicológicas tendem a construir e reforçar a infância como um ‘ainda não’, na medida em que trazem uma ideia de ascensão gradual em sentido qualitativo, passagem de estados de imperfeição a estados de perfeição, de imaturidade para maturidade, de incapacidade para capacidade.


Art.2º: "A criança tem direito a ser compreendida e deve ter oportunidade de se desenvolver em condições de igualdade de oportunidades, com liberdade e dignidade"
Art.7º: "A criança tem direito à educação para desenvolver as suas aptidões, as suas opiniões e o sentimento de responsabilidade moral e social".
Art.9º: "A criança não deve ser abandonada, espancada ou explorada, não deve trabalhar quando isso atrapalhar a sua educação, a sua saúde e o seu desenvolvimento (...)"




Indicadores demográficos do conceito sociológico de família

Indicadores demográficos:


Nupcialidade:
A taxa de nupcialidade é um dado estatístico que relaciona o número de casamentos por cada mil habitantes numa dada região e num período de tempo. Nesta variável, é utilizada uma medida em permilagem pois assim permite a fácil comparação entre as várias regiões.



Divórcio:
O divórcio é o rompimento legal e definitivo do vínculo de casamento civil. O processo legal de divórcio pode envolver questões como atribuição de pensão de alimentos, regulação de poder paternal, relação ou partilha de bens, regulação de casa de morada de família, embora estes acordos sejam complementares ao processo principal.

As tendências revelam uma diminuição do divórcio.
Entre os divorciados encontram-se três grandes grupos: 
 O primeiro designou-se como divórcio – desencontro: Consiste no esgotamento ou no lento desgaste do vínculo afetivo e amoroso;
 O segundo designou-se como divórcio – culpa do outro: Em que a ausência de responsabilidade, desacompanhamento em relação à família, falta de assistência são algumas das razões que estão na base deste divórcio;
 O terceiro e último são conhecidos como divórcio – fatalidade: Acontece inesperadamente. Segundo as mulheres acontece devido a um desígnio do destino.

Coabitação:
Habitação que se divide com uma ou mais pessoas; é a ação de morar com alguém. Convívio pacífico; convivência harmónica ou sem problemas e conflitos: a coabitação de capitalistas e comunistas no congresso. Relação conjugal, matrimonial ou afetiva. Ação ou efeito de coabitar.

Fecundidade:
A fecundidade é semelhante à fertilidade, ou seja, a capacidade natural de produzir descendentes.
•No que diz respeito à fecundidade, as mulheres tem cada vez menos filhos e cada vez mais tarde. O prolongamento da carreira escolar e académica e as insuficientes políticas de apoio estão na base destes factos.
•Quanto ao índice sintético de fecundidade está muito aquém dos 2,1 necessários para assegurar a renovação de gerações, já que em Portugal este número encontra-se nos 1,33.







quarta-feira, 29 de maio de 2019

EXCLUSÃO SOCIAL 
   A exclusão social é uma consequência das privações que impedem os indivíduos ou um grupo do exercício pleno da cidadania, isto é, de participarem plenamente na vida económica, política e social da sociedade em que se encontram inseridos. Pode ser definida como uma combinação de falta de meios económicos, de isolamento social e de acesso limitado as direitos sociais e civis.

É necessário lembrar que pobreza e exclusão social
não são sinónimos.

    Enquanto a pobreza está associada à falta de recursos, sejam estes materiais, alimentares, sociais ou culturais, a exclusão social diz respeito a uma situação de privação que não tem a falta de recursos como a sua origem.
  Porém, apesar destas duas palavras não terem o mesmo significado, encontram-se associadas. A pobreza acaba sempre por representar uma situação de exclusão, uma vez que os indivíduos que são alvo desta problemática estão privados de participar plenamente na vida económica, social e civil. 
   Um exemplo que dá forma a esta situação são os sem-abrigo. Estes não possuem residência permanente ou quaisquer condições básicas. Sem trabalho e sem rendimento não têm o poder para comprar e usufruir de bens e serviços essenciais, como a educação e a saúde. 
   Dentro dos fatores que podem contribuir para a exclusão social estão: os problemas laborais, os padrões de educação e de vida (baixa escolaridade, desemprego, sem abrigo, prostituição), a saúde (doença/incapacidade), a nacionalidade (imigração), o endividamento, a toxicodependência (consumo/abuso de drogas), a desigualdade sexual e a violência/criminalidade. 

MOBILIDADE SOCIAL
      A mobilidade social corresponde ao movimento, de um ou mais indivíduos, dentro da estrutura social hierárquica, passando de uma posição social para outra. Esta não corresponde apenas à ascensão social, mas também ao declínio. Estas duas ocorrências encontram-se inseridas na subcategoria “mobilidade vertical”. 
→ Mobilidade vertical ascendente: quando o movimento se processa de um grupo social com uma posição inferior para uma superior. Um exemplo deste fenómeno é a mudança de cargo dentro de uma empresa, passando de auxiliar para gerente.
→ Mobilidade vertical descendente: quando o movimento se processa de um grupo social com uma posição superior para uma inferior. Por exemplo, um técnico despedido de uma empresa que só consegue colocação num emprego com pior remuneração.
    Quanto às transições sociais, estas geralmente são provocadas por fatores geracionais ou profissionais e acontecem dentro de uma mesma classe social, dando-se o nome de “mobilidade horizontal”, uma vez que o indivíduo permanece na mesma posição social, mas muda de emprego ou região. 

     Os estudos da mobilidade permitem acompanhar a trajetória de um indivíduo, observando as várias posições que foi ocupando ao longo da sua vida. – Mobilidade intrageracional.
     Mobilidade entre gerações: quando os filhos ocupam as mesmas posições sociais que os pais – Mobilidade intergeracional.

   Oportunidades de um futuro melhor, para os descendentes de alguém proveniente de uma classe social inferior, nem sempre foram alcançáveis. Antigamente, existiam sistemas de castas e sistemas feudais:
  → Sistemas de castas: consistem numa divisão social, a qual se baseia na ocupação profissional e, principalmente, na origem ou nascimento, ou seja, na hereditariedade. Assim, a condição de um indivíduo passa para o seu filho e, o casamento só é possível se ambos pertencerem ao mesmo grupo. Nestes sistemas, a mobilidade entre grupos era impossível.
Curiosidade: O sistema de castas é um tipo de desigualdade que existe principalmente na Índia, bem como Nepal, Bangladesh, Paquistão e Coreia.
Sistemas feudais: Antigamente, a sociedade encontrava-se dividida em estados – nobreza (constituída por soldados, militares e órgãos do reino), clero (composto pelos membros da igreja) e povo (formado pelos trabalhadores, nomeadamente camponeses) – cada um destes com distintos direitos e obrigações, consagrados pela lei. Neste período, a mobilidade individual era quase impossível, existindo apenas algumas exceções.

  Apesar da sociedade contemporânea ser mais liberal e desenvolvida, que proporciona mais oportunidades de ascensão social, ainda são diversas as desigualdades presentes na mesma. Com o surgimento das novas tecnologias, têm emergido novos contrastes, como a precarização do emprego, isto é, a diminuição dos direitos e das garantias dos trabalhadores. E, embora as mudanças na sociedade sejam frequentes, a classe de origem dos indivíduos continua, em muitos casos, a condicionar a sua trajetória futura. Por exemplo, indivíduos provenientes de uma família de baixos níveis de rendimento e de escolaridade têm menor probabilidade de alterar a sua posição social.

NOVOS MOVIMENTOS SOCIAIS: FEMINISTAS 
    Ao longo da História da Humanidade, a mulher e o homem sempre desempenharam papéis sociais muito diferentes, resultando na desigualdade de género presente na sociedade, que prejudica, maioritariamente, as mulheres
   De forma a solucionar este problema surge o movimento feminista, que é um dos mais antigos movimentos sociais, sendo que teve o seu início nos finais do século XIX, com o movimento sufragista, este que se direcionava especialmente à conquista do direito ao voto e à participação na vida política.
     O Feminismo é um movimento social, político e económico, que tem como objetivo lutar pelos direitos das mulheres. O movimento procura, principalmente, atingir a igualdade de direitos e oportunidades entre os dois sexos. Colocar fim à desigualdade salarial, garantir as mesmas oportunidades de emprego nos mais variados setores, combater os diferentes tipos de assédio e violência e atribuir direitos relacionados com a maternidade e o aborto, são algumas questões que levaram à necessidade da existência deste movimento.
  Graças à sua luta, a figura feminina passou de elemento secundário a ser um componente extremamente fundamental na sociedade atual, abandonando a figura de mera dona de casa, esposa e mãe, e assumindo postos de trabalho e cargos profissionais importantes.

Michael Baum, professor de Ciência Política afirma que:
“Em termos numéricos ainda há muito a fazer em Portugal no que toca à participação das mulheres. Há mais mulheres licenciadas e muitas que têm doutoramento. São pessoas altamente qualificadas, mas a sociedade portuguesa ainda é muito tradicional no que respeita aos papéis familiares”.

    A verdade é que a influência do feminismo tem vindo a aumentar na sociedade, apesar de muitas pessoas carregarem mitos sobre o movimento, como pensar que feminismo é o contrário de machismo ou que as mulheres feministas lutam contra os homens. 
Essencialmente é uma luta pela liberdade individual, sendo que os homens também podem atuar neste sentido e mostrar o seu apoio ao movimento. 

terça-feira, 28 de maio de 2019

YAKUZA- UMA ORGANIZAÇÃO QUE POUCOS CONHECEM


YAKUZ

Yakuza também conhecida como goduko, são os membros dos grupos de uma organização criminosa transnacional originária do Japão. A polícia japonesa e a imprensa, os chamam de bōryokudan  ("grupo de violência"), enquanto os membros da Yakuza chamam a si mesmos de "ninkyō dantai" "Organização Cavalheiresca"). Os membros são notórios por seus códigos de conduta estritos e natureza muito organizada. Eles acabam por ter uma grande presença nos meios de comunicação japonesa e também internacional, agem internacionalmente com um número estimado de 105 000 membros.

Um dos acontecimentos que permitiu um destaque desta organização criminosa foi após o terramoto e tsunami em Tohoku em 11 de março de 2011, quando a Yakuza enviou centenas de caminhões cheios de comida, água, cobertores e acessórios sanitários para ajudar as pessoas nas áreas afetadas pelo desastre natural. A CNN México disse que, apesar de a Yakuza operar através da extorsão e outros métodos violentos, eles "agiram em silêncio para fornecer auxílio àqueles em maior necessidade”.  Tais ações da yakuza são um resultado de seu conhecimento sobre como é "cuidar de si mesmo", sem qualquer auxílio do governo ou apoio da comunidade, porque eles também são considerados "abandonados pela sociedade". Além disso, o código de honra da yakuza (ninkyo) valoriza a justiça e a honra acima de tudo e proíbe permitir o sofrimento aos outros.

23 ANOS APÓS O FIM DA LEI DE PROTEÇÃO EUGÉNICA NO JAPÃO



23 ANOS APÓS O FIM DA LEI DE PROTEÇÃO EUGÉNICA


O Japão prepara-se para indemnizar milhares de pessoas que foram vítimas de esterilização forçada, ao abrigo de uma lei que esteve em vigor entre 1948 e 1996, e que pretendia impedir o nascimento de crianças qualificadas como "inferiores".



De acordo com uma notícia avançada em março pelo jornal britânico The Guardian, cerca de 25 mil pessoas foram esterilizadas ao abrigo desta lei, incluindo 16500 que nunca deram autorização a este procedimento, chegou até a ser aplicado a meninas com apenas nove e dez anos. Cerca de 70% dos casos envolvem mulheres ou jovens raparigas. A Lei de Proteção Eugénica foi sobretudo aplicada a pessoas com problemas de saúde mental, e muitas vezes sem que houvesse um diagnóstico concreto. O The Guardian relata o testemunho de uma mulher que foi esterilizada quando tinha 15 anos. Os registos oficiais dizem que tinha "mentalidade débil hereditária".


Agora, o governo japonês e a oposição puseram-se de acordo quanto a uma lei que visa especificamente indemnizar as vítimas desta prática, um diploma que será votado no Parlamento no próximo mês. O anteprojeto de lei prevê um "sentido pedido de desculpas" e indemnizações de 3,2 milhões de yenes (cerca de 25 mil euros) aos visados.


Embora esta proposta seja apontada como um passo em frente, depois de anos a ignorar o problema, os valores envolvidos estão a ser considerados inadequados, nomeadamente pelos advogados das vítimas, pois na maioria dos casos os lesados reclamam indemnizações superiores aos 25 mil euros agora propostos.