As calças eram vistas como um símbolo do
poder masculino no passado.
No fim do século XIX, as mulheres começaram
a aderir à febre dos exercícios físicos. Mas como se exercitar e andar de
bicicleta com saias pesadas e cheias de camadas?
As mais ousadas começaram a usar um modelo
de calça bufante (largas) quase uma saia bifurcada, mas que lhe dava uma maior
liberdade de movimentos. As mulheres eram agredidas e assobiadas na rua por
estarem com "trajes masculinos".
As mulheres de calças chocavam a sociedade
de 1911, alguns indignavam-se com os cortes de roupa, pois diziam que ela se
ajustava muito ao corpo e que marcava as formas femininas atentando ao decorro
que deve ser seguido pelas senhoras aquando passeiam na rua.
Na primeira década do século XX, o
estilista Francês Paul Poiret apresentou nos seus desfiles a calça odalisca ou
à turca, de inspiração oriental. Eram modelos folgados. No entanto, quem mais
contribui para a causa em questão foi a estilista Coco Chanel mudando o corte e
o conceito de elegância. A francesa soube entender as novas necessidades das
mulheres do fim da I Grande Guerra.
Com a II Grande Guerra e a necessidade das
mulheres assumirem os postos de trabalho deixados pelos homens, a calça
finalmente passou a ser usada pelas cidadãs comuns.
O sentido prático venceu aos poucos o
preconceito.
Mas não tenhamos uma ideia errada a calça
ainda não é mundialmente aceite, algumas religiões proíbem o usa das calças, só
usam saias e vestidos. As razões para tal proibição varia dentro de cada
religião e cultura, são em geral devido às leis do pudor. A religião é a razão
mais comum para uma mulher não usar calças. No Sudão há uma lei que proíbe as
mulheres de usarem saia, quem o ouse fazer é chicoteada, a saia é chamada de
"traje obsceno".
Há ainda outras religiões que são contra
por questões de saúde, defendem que o uso de calças que normalmente são justas
favorece o aparecimento de doenças ginecológicas, a mulher ao andar com as
calças 8 a 10h de calças apertadas e estar por norma sentada que pressiona os
ovários, trompas e útero receberem menos irrigação sanguínea e os problemas de
infertilidade aumentam, juntamente com o sedentarismo e o stress.
Mas estamos num mundo cada vez mais aberto
a novas modas e maneiras de estar e sentir, e aceitar o outro acima de todas as
suas convicções e religiões.
Francisco Caldas, nº 11
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