A mulher tem percorrido um caminho muito longo e complicado para poder mostrar como
realmente pensa, age e influência os outros e o meio. Uma excelente forma de fazer isso foi tornar a
sua voz mais forte e "audível".
Quando pensamos nas mulheres que viveram nos anos 50/60 instantaneamente pensamos
numa mulher que ficava em casa e tratava dos seus deveres, porém não fazia muito mais do que isso.
Quando o seu marido chegava a casa, o diálogo deles era simples e a mulher respondia sempre com
o maior respeito e delicadeza possível. A mulher sentia-se dominada e, consequentemente, não sentia
liberdade para dialogar.
Tendo em conta que a mulher era dominada pelo homem, esta apenas dialogava para informar
e relembrar os outros de coisas importantes, portanto " (...) 'the vocabulary of a woman as a rule is
much less extensive than that of a man'. (...) male college students used greater variety of words than
female college students (IBIDEM 2015: 12)". Isto demonstra e comprova que as mulheres passaram
por um período de repressão. Hoje em dia é expetante de que o comportamento das mulheres seja diferente. Alan e Barbara Pease falam sobre os problemas entre estes dois géneros em "Porque os Homens Mentem e as Mulheres Choram?", retratando que "o cérebro da mulher pode produzir, sem esforço, de seis mil a oito mil palavras faladas por dia (IBIDEM 2003: 92).", enquanto que o homem produz mais ou menos metade. Os autores passam por explicar que as mulheres falam muito pois sentem-se mais conectadas e unidas dessa mesma forma. A mulher tem ainda a capacidade de interligar vários temas diferentes (tem uma maior aptidão no que toca à fala e à linguagem), o que pode ser explicado por um estudo feito na Escola de Medicina da Universidade Yale em que submeteram 19 mulheres e 19 homens a testes mentais enquanto realizavam uma ressonância magnética. Portanto a mulher tem uma atividade cerebral muito mais intensa entre os dois hemisférios durante um diálogo do que o homem, ou seja, esta conexão tão forte faz com que a mulher tenha vontade de falar e a capacidade de reter várias coisas, praticamente ao mesmo tempo. Sabemos que a parte esquerda do nosso cérebro é usada para a parte da linguística, mas e o hemisfério direito?
Se pensarmos um pouco conseguimos facilmente entender a interligação entre a parte linguística e a parte emocional. Uma mulher tem tendência a fazer muitas pausas dramáticas durante o seu discurso, ou recorre à repetição de certas palavras para lhes dar um maior ênfase, isto porque a mulher adiciona muita mais emoção ao seu diálogo. As mulheres também são muito detalhadas durante o seu discurso, devido à sua grande visão periférica, tornando a recolha de informação visual muito mais rápida e fácil.
Beatriz Almeida Nº4
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