sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Isto é Política e TU fazes parte dela!


Isto é Política e TU fazes parte dela!

          O regime político português é conhecido como uma República Democrática Semipresidencialista com quatro órgãos de soberania: o presidente da república, a assembleia da república, o governo e os tribunais, estes órgãos são direta ou indiretamente eleitos pelo povo, pois numa democracia a soberania é exercida pela maior classe social existente, o povo.Mas para a população exercer o poder de voto tem de estar informada acerca de todas as opções que lhe são apresentadas.
Para começar vamos perceber os quatro tipos de eleições que existem em Portugal.

          Autárquicas: estas eleições estão mais relacionadas com a vida quotidiana. Estas elegem os presidentes de câmara para cada cidade e freguesias. São eleições que não têm implicação nas leis, apenas tem influência no local onde vives. Por outras palavras vais escolher quem queres que esteja à frente na tua cidade/freguesia.
          Legislativas: que são as de maior destaque. Nestas elege-se o partido que vai formar governo (Primeiro-ministro, ministros, etc), e que partidos vão ter assento parlamentar. É neste sistema que serão criadas leis, aprovados orçamentos de estado, criar referendos, etc, ou seja, situações que afetam a vida de todos os portugueses. No caso das leis e orçamentos não basta o partido que ganhou as eleições votar a favor, para uma lei ser aprovada tem de haver uma maioria de votos no parlamento (entre todos os deputados e partidos).
          Legislativas regionais: realizadas nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores e destinam-se a eleger os representantes da Assembleia Regional, bem como o governo regional desta parte do país a que chamamos Portugal insular.
          Presidenciais: Que elegem o Presidente da República, um dos cargos mais importantes no regime político português. Apesar de o Presidente da República não poder criar leis nem aprovar orçamentos, ele tem o poder de veto caso uma lei seja aprovada no parlamento. 


          Iremos focar-nos sobretudo nas eleições legislativas, para começar precisamos de perceber que os partidos em Portugal estão normalmente divididos em duas categorias, os de esquerda e os de direita. Em geral, os partidos de esquerda têm por norma serem mais liberais, mais virados para o socialismo, apoiar os mais desfavorecidos, taxar o capital e os mais ricos. Os de direita, são mais conservadores, e com ideais mais capitalistas. No entanto acabamos por perceber que nem sempre esses ideais são claros e que por vezes os partidos acabam por se contradizer um pouco. Há imensos partidos em Portugal, mas o que tem assento parlamentar, também chamados de partidos representados (os que tiverem votos suficientes pelos portugueses nas eleições legislativas para ter deputados eleitos no parlamento) são:

Esquerda:
o     Bloco de Esquerda (BE)
o     Partido Socialista (PS)
o     Partido Comunista Português, Partido Ecologista “Os Verdes” (PCP-PEV)
o     Pessoas-Animais-Natureza (PAN)  
Direita:
o     Partido Popular Democrático, Partido Social Democrático (PPD/PSD)
o     Partido do Centro Democrático Social (CDS)


No entanto, os políticos, como os do PS e do PSD, encontram políticas boas nos dois lados. Por isso, aceitam que é possível conciliar ideias vindas das duas ideologias.
Passarei então a explicar as principais prioridades de alguns dos partidos anteriormente mencionados.

Bloco de Esquerda (BE):
·         o     Renegociação da dívida com abatimento de 60% e período de carência de três anos
·         o     Introdução de limitações à desigualdade de retribuição nas empresas
·         o     Exclusividade dos profissionais no Serviço Nacional de Saúde
·         o     Acesso de todas as crianças à creche pública
·         o     Eliminação dos exames no ensino básico

Partido do Centro Democrático Social (CDS):
·         o     Aumento do quociente familiar em sede de IRS
·         o     Redução temporária da TSU (para desempregados e empresas no interior)
·         o     Escolas públicas entregues a professores ou instituições
·         o     Universalização do pré-escolar até aos quatro anos
·         o     Maior liberdade de escolha dos utentes, quer na educação, quer nos serviços do SNS
·         o     Reversão do fim dos feriados religiosos em correspondência com os feriados civis

Partido Comunista Português, Partido Ecologista “Os Verdes” (PCP-PEV):
·         o     Renegociação da dívida pública
·         o     Revogação do Tratado Orçamental e da União Bancária
·         o     Fim dos cortes salariais e reposição integral dos salários, subsídios e pensões retirados na Administração Pública e Sector Público

Partido Socialista (PS):
·         o     Descida da TSU dos 11% para 7%. A partir daí, haverá uma subida gradual 0,5 pontos ao ano, até aos 11% em 2026
·         o     Aumento da TSU para as empresas com elevados níveis de precariedade
·         o     Financiamento da Segurança Social
·         o     Assegurar o funcionamento da escola pública a tempo inteiro até aos 14 anos
·         o     Criação de 100 novas Unidades de Saúde Familiar, atribuindo médicos de família a mais 500 mil habitantes

           Recordo que estão apresentados apenas alguns dos compromissos de um número muito restrito de partidos e que é essencial cada um de nós analisar todos os planos eleitorais de cada um dos partidos e ser crítico a esse mesmo nível, para que assim possamos participar de forma relevante e significativa na política de Portugal. Para todos os leitores deste artigo quero chamar a especial atenção para o quão importante é exercerem o poder de voto, e para isso é necessário um bom esclarecimento acerca deste tema, portanto, caros leitores, informem-se, sejam críticos, e participem no futuro de Portugal, e consequentemente da Europa e do Mundo.




Juliana Silva nº14 12ºD


O Homem nasce bom ou mau? Ou é a sociedade que o corrompe?

“É preciso estudar a sociedade pelos homens, e os homens pela sociedade: os que quiserem tratar separadamente da política e da moral nunca entenderão nada de nenhuma das duas.” - Jean-Jacques Rousseau.

Não é recente a dúvida que o Homem tem com a sua própria espécie, os seus comportamentos e pensamentos. A dúvida de que se um ser humano nasce bom ou mau é frequente entre muitos filósofos e não só, ou até mesmo se é apenas a influência da sociedade que a envolve.
Filósofos como Rosseau ou Hobbes se interessaram por estás temáticas e desenvolveram diferentes perspectivas em relação a está dúvida, cada um com ideias bastantes distintas uma da outra.
A começar, Rosseau, defendia que o Homem nasce bom, contudo em contacto com a sociedade, que é má, influencia-o e torna-o mau. Esta sua perspectiva pode relacionar-se com a visão cristã em relação ao mundo, em que as crianças são caracterizadas como puras e ao longo da sua vida, com as experiências da vida, os males da mundo, e a influência da sociedade, que é má, as tornam pecadoras e más.
Quanto a Hobbes, este, por outro lado, defendia, que o Homem nasce mau, não sabe viver em sociedade, os seus instintos de sobrevivência e do desejo excessivo pelo poder, é capaz de fazer qualquer coisa para atingir os seus objectivos. Diz que o Homem nasce e é mau, causa uma espécie de insociabilidade, por isso precisa de autoridade, um estado autoritário, que dite as regras e normas de convivência.


Talvez as duas façam sentido, cada uma com a sua tese bem fundamentada, e cada um de nós poderá concordar com uma delas, resolvendo assim a grande dúvida se um Homem é bom ou mau, porém a dúvida não acaba aqui, não existe de facto algo material ou objectivo em que possamos dar com esta dúvida acabada, pois cada um tem opiniões diferentes e ideias contraditórias.
A meu ver, a sociedade, a experiência, o conhecimento, o nosso pensamento ou o meio em que estamos envolvidos, influencia toda a nossa atitude perante a sociedade. O ser humano nasce como uma folha branca, algo nunca antes tocado, apenas algo. Nascemos e somos apenas algo. Algo que respira. Que ao longo do tempo vai aprendendo as necessidades básicas de sobrevivência no mundo exterior, como comer, andar ou a começar a dizer os primeiros sons. Nesses primeiros a inconsciência ainda está muito presente, não temos definição para as nossas emoções, mas sentimo-la. Ao crescer, vamos aprendendo a aprofundar os que nos ensinam, aí somos influenciados pelos que nos ensinam. Nessa idade será que somos conscientes de podermos dizer que somos bons ou más? Nem todas as crianças são consideradas como boas, naturalmente podem nascer com instintos maus, mas podemos dizer que ela será capaz de mudar? A educação aqui, pode ter um papel fundamental para o crescimento e desenvolvimento da personalidade. Acredito que se tivermos uma boa educação, podemos abrir o interesse para o Homem querer aprender a melhorar a si mesmo.
Em relação a experiências, o Homem pode ser drasticamente traumatizado pela experiência ou sociedade, fazendo-lhe mudar a perspectiva, podendo mudar-lhe para melhor ou pior levando-o a mecanismos para o proteger da sociedade. Todos têm uma história e não devemos nós, como nosso dever, entendermo-nos uns aos outros?
Em conclusão, o Homem é influenciado pelo meio, assim, tornando-o bom ou mau, consoante a experiência.


No filme “The Born Killers” ( Assassinos por Natureza),  o casal, é actualmente perigoso e obviamente considerado mau, porém as suas atitudes são feitas por grandes danos traumáticos, feitos pela família e a sociedade envolvente. Assassinar os policias, pode ser como uma inconsciente vingança, por nunca terem salvado os protagonistas dos acontecimentos trágicas e abusivos ao que foram sujeitados.
Por fim, existem várias e complicadas perspectivas, como vemos, em relação a esta temática. Não existe, como antes referido, algo objectivo em que possamos acabar com esta dúvida.








quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Arte Rupestre

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A arte rupestre é a manifestação mais antiga artística que temos conhecimento. Para termos uma ideia, esta forma de arte surgiu no período Paleolítico (40.000 a.C.). De fato, as artes sempre foram um retrato do mundo que cercava o homem. Na arte rupestre isso é muito claro, já que esta forma de arte consistia na realização de pinturas, desenhos e representações artísticas nas paredes das cavernas, que retratava aquilo que fazia parte do quotidiano do homem pré-histórico.

As principais características da arte rupestre 

As pinturas mostravam os animais e as pessoas do período em que viviam, além das cenas do seu quotidiano (caça, rituais, danças, alimentação, entre outros.). Expressava-se também através de suas esculturas em madeira, osso e pedra. O estudo desta forma de expressão contribuiu para o conhecimento que os cientistas têm a respeito do dia a dia dos povos antigos. Para fazerem as pinturas nas paredes das cavernas, os homens da Pré-História usavam sangue de animais, saliva, fragmentos de rochas, argila, etc.  

Os principais sítios de arte rupestre – primeiros museus da história – estão localizados na França, no norte de Espanha, Itália, Portugal e Alemanha.


Nina Vidal Nº17 12ºD

domingo, 25 de novembro de 2018

Diferenças entre a cidade e o campo

O tema que venho tratar hoje é um tema que “tem pano para mangas”, já que entre as pessoas são várias as opiniões que são apresentadas e algumas chegam aos extremos, resultado talvez da faixa etária, das habilitações, das experiências de vida!

VIVER NO CAMPO/CIDADE




Viver no campo é o ambiente, no qual predomina o ar puro, onde paira o cheiro de flores que enche-nos a alma e o chilrear dos passarinhos que derrete o coração. Mas com isto não quero dizer que viver no campo tenha tudo de positivo. Pois, vejamos, a nível das oportunidades de emprego, por exemplo, a cidade ultrapassa o campo com uma facilidade incrível. É na cidade que encontramos os maiores hospitais, os maiores escritórios, as maiores indústrias entre outros espaços, proporcionando assim um melhor nível de vida.
É também a nível de eventos que a cidade ganha ao campo, especialmente se estivermos a falar de uma cidade como a invicta, por exemplo, onde cada dia há um espetáculo, uma corrida, um desfile, um concerto... Enfim, eventos sempre variados e inovadores!

A vida no campo é marcada pela liberdade, afinal não há a preocupação que é comum nas cidades em relação ao vandalismo por exemplo que é bastante recorrente. A liberdade é uma grande característica da vida no campo. A boa alimentação também é um tópico que deve ser abordado, a maior parte dos produtos que a população campestre consome são os orgânicos, ou seja, produzidos sem agrotóxicos, bebem água das minas e respiram o ar puro. Queremos melhor para a saúde do que isto? E para completar o fator da saúde é quase inevitável, que viver no campo não tenha programas regulares de exercício físico, afinal as atividades rurais são na maioria voltadas para as ações físicas que envolvam caminhadas e movimentações o dia inteiro. 

A cidade tem muito a aprender sobre estilo de vida simples do campo e muitas das boas práticas da convivência rural poderiam ser muito bem restauradas para o bem de todos. Sei que isto é uma grande utopia, mas sonhar não custa nada.

Com este texto, pretendi assim mostrar algumas vantagens e desvantagens de ambos os locais, mostrando assim que ambos os espaços são agradáveis. A escolha dependerá assim da nossa personalidade e interesses.
Talvez pela minha tenra idade, pela minha inocência e pelos meus sonhos outrora construídos, o meu maior sonho seja viver numa cidade. Porém, a meu ver, a principal desvantagem das cidades é a maneira como as pessoas se relacionam. Estas são muito frias umas com as outras, são insensíveis e não se preocupam com mais ninguém que não sejam elas próprias. Ao contrário do que acontece nas aldeias, onde há um calor humano incrível, onde a solidariedade e a entreajuda são palavras de ordem.


Nina Vidal Nº17 12ºD

sábado, 24 de novembro de 2018

O Mito de Narciso


     Este mito fala-nos de um jovem chamado Narciso, dotado de uma extrema beleza. Era filho do Deus Cephisus e da ninfa Liriope.

     Quando Narciso nasceu, a sua mãe consultou um vidente chamado Tirésias, que lhe disse que Narciso viveria muitos anos desde que nunca conhecesse a si mesmo. Narciso cresceu tornando-se cada vez mais formoso. Devido á sua extrema beleza, despertava atenção e atrai-a as ninfas e donzelas, no entanto Narciso preferia não se relacionar, pois não havia encontrado ninguém merecedor do seu amor. E foi o seu desprezo e superioridade pelos outros que o destruiu. Certo dia, enquanto Narciso descansava sob as sombras do bosque, a ninfa Eco apaixonou se por ele. Porém ele rejeitou-a, as ninfas para se vingarem amaldiçoaram-no:"Que Narciso ame com a mesma intensidade, sem poder possuir a pessoa amada". Nêmesis, a divindade punidora, ouviu e atendeu o pedido das ninfas. Naquela região havia uma fonte límpida de águas cristalinas da qual ninguém havia se aproximado. Ao se inclinar para beber água da fonte, Narciso viu a sua própria imagem refletida e encantou-se com sua visão.

   Atraído, Narciso ficou a contemplar o lindo rosto, apaixonou-se pela imagem sem saber que era a sua própria imagem refletida na água. Por várias vezes Narciso tentou alcançar aquela imagem dentro da água, mas inutilmente não o conseguia alcançar.

    Exausto, Narciso deitou se na relva e aos poucos o seu corpo foi desaparecendo. No lugar do seu corpo , surgiu uma flor amarela com pétalas brancas no centro que se passou a chamar, Narciso.

     Este tema leva nos ao narcisismo, estudado por Freud, neurologista, criador da psicanálise, que introduz o este conceito no seu seu ensaio sobre o narcisismo. Nele, Freud analisa aspetos inconscientes da mente e faz referência a Paul Nackë, a primeira pessoa a usar o termo narcisismo num estudo sobre perversões sexuais. Freud diz que Paul Nackë, escolheu o termo narcisismo para descrever a atitude de uma pessoa que trata o seu próprio corpo da mesma forma que um objeto sexual, ou seja uma pessoa que admira de forma exagerada a sua própria imagem, e acrescenta que todos têm algum nível de narcisismo no seu desenvolvimento.

     Freud vai mais além do que Paul Nackë e complementa a analise deste diferenciando os tipos de narcisismo existentes.

Beatriz Ribeiro, Nº1, 12ºD


AFINAL, O QUE É A REALIDADE? ELA EXISTE OU FOI CRIADA POR NÓS, HUMANOS?



Muitos tentam decifrar a realidade equivalente àquilo que vemos, ou ao que achamos ver. Há quem determine a realidade como única, pertencendo a cada um de nós, mas será que esta pode ser definida? Será que é algo que possa ser considerado único? Ou melhor, será que existe?
O que vemos é, na verdade, produtos criados pelo nosso cérebro, que filtram infinitas informações, a todo momento, para que possamos construir uma visão de um mundo útil. Este tipo de filtração é importante para conseguirmos selecionar todas as informações.

ILUSÃO
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O problema é que essa filtração pode enganar, como acontece quando assistimos a uma apresentação de um mágico ou ilusionista. Estes usam conceitos para criar boas atuações. Lawrence Rosenblum, que  pratica truques de magia, acredita que, embora tenhamos essa capacidade de enganar-nos com frequência, é errado dizer que tudo o que consideramos "realidade" é construído pelo nosso cérebro.
“todos nós fazemos parte de uma comunidade formada por mentes” e, embora esta afirmação possa deixar dúvida, parece importante para esta discussão do que é e do que não é real. Se pensarmos que todas as mentes – em um mundo com 7 biliões de pessoas – todas funcionam de maneira diferente, é lógico que os conceitos de realidade sejam diferentes também.

OTIMISMO
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Também como a ilusão, o otimismo!
De acordo com estudos feitos por uma neurocientista, as pessoas costumam subestimar a probabilidade de que as coisas más podem acontecer. Em contrapartida, superestimam a probabilidade da ocorrência de acontecimentos positivos.
Quando nós, humanos, somos propensos ao otimismo, faz com que o nosso cérebro tenha melhor agilidade. Tanto é assim que a Ciência já sabe que, por exemplo, as pessoas otimistas tendem a viver mais, a estarem melhores de saúde e, consequentemente, terem uma vida melhor. A questão é: o otimismo, por si só, é positivo, mas ele é uma ferramenta de ilusão criada pelo nosso cérebro para nos deixar melhor? 
Ser realista em alguns casos, é importante por exemplo, alguém bebe todos os dias e acha que não poderá tornar-se num alcoólico, essa pessoa está, na verdade, a fugir da realidade. Para tudo é preciso ter bom senso, até para ser otimista!

Nina Vidal Nº17 12ºD

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Domesticados à nascença?

Quando compreendemos que a mente pode ser estudada e entendida com base em estudos nas áreas de neurologia, psicologia, psiquiatria e hipnose tudo perde o encanto natural da vida!
Se tudo pode ser estudado apenas seguimos padrões mentais que nos são induzidos pela sociedade, ou seja, somos domesticados pelo mundo e no futuro domesticamos os nossos sucessores, e assim, sucessivamente num ciclo vicioso.
Na verdade todos nós somos animais sociais domesticados por os nossos antepassados e educados subjectivamente a domesticar os que nos sucedem, será isto a liberdade que muitos sonham em alcançar? É impossível ser livre quando nos são impostas um conjunto de regras e nos obrigam a segui-las irrefutávelmente!
Será a liberdade uma utopia que apenas temos a precessão ilusória da sua existência?

Ruben Baptista

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

O Fim da Inocência

“O Fim da Inocência” conta a história de Inês e dos seus amigos. É também a história de muitos jovens que vivem uma vida dupla, longe dos olhares dos seus pais, mesmo quando estes se julgam os melhores e mais presentes pais do mundo. Aos olhos de todos, principalmente dos seus pais, Inês é a menina perfeita. Estuda num dos mais caros e reputados colégios de Cascais, e o seu grupo de amigos é composto por filhos de embaixadores e presidentes de grandes empresas. Acontece que, por detrás das aparências, a realidade de Inês e do seu grupo de amigos é outra, muito diferente. Inês e o seu grupo de amigos são consumidores regulares de drogas, tem comportamentos sexuais de alto risco e utilizam o lado mais perigoso da Internet para os seus fins sexuais e não só. Assim, e ainda menores de idade, as suas vidas já se encontram num estado de degradação física elevado e num descontrolo emocional total. E tudo sem que os seus pais deem conta…
Na minha opinião, o filme “O Fim da Inocência “ realizado por Joaquim Leitão e produzido por Ana Costa que visionamos no dia 17 de outubro na aula de Sociologia, é um filme que visa alertar os pais e os adolescentes para os perigos da adolescência. Aos pais pretende avisar sobre a possível vida dupla dos seus filhos, quer na vida real quer na realidade virtual, pretende avisar os pais os perigos que os seus filhos correm no seu dia-a-dia, também acho que este filme foi baseado para os pais porem mais “olho” nos seus filhos e prestar mais atenção aos que eles fazem. Este filme baseado numa história verídica, apresenta-nos o mundo secreto da vida dos adolescentes, que deixa os pais em pânico. Neste filme percebemos que os grandes problemas na vida dos jovens sendo que a pressão social é a maior culpada cesta situação. Na parte dos adolescentes acho que este filme pretende avisar os jovens sobre os perigos da droga e do álcool e o mais importante ainda sobre o perigo das redes sociais que podem mudar a vida de qualquer adolescente.


Trabalho realizado por:João Macedo nº13 
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Eu não sou como os outros!


Eu não sou como os outros!

(…) A partir de um bebé inconsciente, inacabado, fomos, pouco a pouco, fabricados por todos os contributos do mundo que nos rodeia. Lançando mão de todos os recursos, devorando tudo, desenvolvemo-nos sem preocupações, às cegas, empanturrados de papas, de conselhos, de bandas desenhadas, de afecto, de repreensões e de televisão.

Chega então a idade em que olhamos para nós próprios: quem é este ser em que me transformei? O que é que ele vale? (…) Vemo-nos ao espelho (…) Serei belo? Serei inteligente?

A resposta a estas perguntas lancinantes é: diferente dos outros. Eu não sou como os outros. É claro, porque o meu património genético, fruto de uma dupla lotaria, é único; como o é única a aventura que vivo.

O que tenho em comum com todos os outros é o poder de, a partir do que recebi, participar da minha própria criação. (…) E para isso contribuíram os meus pais, cujos óvulo e espermatozóide continham todas as receitas de fabricação das substâncias que me constituem. E a minha família, pelo alimento, pelo calor, pelo afecto, que me permitiram crescer e estruturar-me. E a escola que me transmitiu conhecimentos acumulados pela humanidade desde que esta procura conhecer-se e conhecer o universo. E todos os que me amaram, com o seu insubstituível amor.

Mas sou eu que tenho de concluir a obra, que tenho de colocar a trave mestra. Esqueçam o modelo que gostariam que eu fosse. Não sou obrigado a realizar o sonho que imaginaram para mim; isso seria trair a minha natureza de homem.

Para que eu seja verdadeiramente um homem, devem oferecer-me mais uma coisa: a liberdade de vir a ser o que escolhi.

A. Jacquard, O Meu Primeiro Livro de Genética

Biologia e Cultura


É evidente que o conceito de homem é um conceito cultural, que tem necessidade de uma linguagem para ser formulado e que está sujeito a grandes variações segundo as culturas e mesmo segundo as teorias biológicas. Mas, não é menos evidente que as culturas onde se forma o conceito de homem são parte integrante na organização social de um ser biológico, sempre o mesmo nos seus caracteres fundamentais de bípede com um cérebro grande, a que podemos chamar Homem.

E. Morin, Philosopher