Na verdade, o comportamento, no homem, não deve à hereditariedade específica uma parte tão importante como nos outros animais. O sistema de necessidades e de funções biológicas, legado pelo genótipo, na ocasião do nascimento, aparenta o homem a qualquer ser animado, sem o caracterizar nem o designar como membro da “espécie humana”. Em compensação, esta ausência de determinações particulares é perfeitamente sinónima da presença de possibilidades indefinidas. A vida rígida, determinada e regulada por uma dada natureza, substitui-se nesse caso pela existência aberta, criadora e ordenada de uma natureza adquirida.
L. Malson, As Crianças Selvagens
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