Este mito fala-nos de um jovem
chamado Narciso, dotado de uma extrema beleza. Era filho do Deus Cephisus e da
ninfa Liriope.
Quando Narciso nasceu, a sua mãe
consultou um vidente chamado Tirésias, que lhe disse que Narciso viveria
muitos anos desde que nunca conhecesse a si mesmo. Narciso cresceu
tornando-se cada vez mais formoso. Devido á sua extrema beleza, despertava
atenção e atrai-a as ninfas e donzelas, no entanto Narciso preferia não se
relacionar, pois não havia encontrado ninguém merecedor do seu amor. E foi o
seu desprezo e superioridade pelos outros que o destruiu. Certo dia,
enquanto Narciso descansava sob as sombras do bosque, a ninfa Eco apaixonou se
por ele. Porém ele rejeitou-a, as ninfas para se vingarem amaldiçoaram-no:"Que Narciso ame com a mesma intensidade, sem poder possuir a pessoa amada".
Nêmesis, a divindade punidora, ouviu e atendeu o pedido das ninfas. Naquela
região havia uma fonte límpida de águas cristalinas da qual ninguém havia se
aproximado. Ao se inclinar para beber água da fonte, Narciso viu a sua
própria imagem refletida e encantou-se com sua visão.
Atraído, Narciso ficou
a contemplar o lindo rosto,
apaixonou-se pela imagem sem saber que era a sua própria imagem refletida
na água. Por várias vezes Narciso tentou alcançar aquela imagem dentro da água,
mas inutilmente não o conseguia alcançar.
Exausto, Narciso deitou se na
relva e aos poucos o seu corpo foi desaparecendo. No lugar do seu corpo , surgiu uma
flor amarela com pétalas brancas no centro que se passou a chamar, Narciso.
Este tema leva nos ao narcisismo, estudado por
Freud, neurologista, criador da psicanálise, que introduz o este conceito no
seu seu ensaio sobre o narcisismo. Nele, Freud analisa aspetos inconscientes da
mente e faz referência a Paul Nackë, a primeira pessoa a usar o termo narcisismo num estudo sobre perversões sexuais. Freud diz que Paul Nackë,
escolheu o termo narcisismo para descrever a
atitude de uma pessoa que trata o seu próprio corpo da mesma forma que um objeto sexual, ou seja uma pessoa que admira de forma exagerada a sua própria imagem, e acrescenta que todos têm
algum nível de narcisismo no seu
desenvolvimento.
Freud vai mais
além do que Paul Nackë e complementa a analise deste diferenciando os tipos de
narcisismo existentes.
Beatriz Ribeiro, Nº1, 12ºD
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