James Watson |
O laboratório que James Watson, prémio Nobel da Medicina em 1962, dirigiu considera que as suas opiniões sobre as diferenças de inteligência entre raças são "repreensíveis", além de "injustificáveis pela ciência".
Aos 90 anos, o cientista norte-americano co-responsável pela descoberta da estrutura em dupla hélice da molécula de ADN viu serem-lhe retirados, na semana passada, vários títulos honoríficos que recebeu ao longo da carreira, graças aos seus comentários na televisão. Num programa emitido no início deste mês, James Watson reiterou a sua convicção de que há diferenças de inteligência entre raças e que a genética o justifica.
A primeira vez que James Watson manifestou este seu polémico ponto de vista foi em 2007, em declarações ao Sunday Times, para justificar a sua posição "sombria" sobre África: "Todas as nossas políticas têm por base o facto de a inteligência deles ser a mesma que a nossa, quando todos os testes dizem que não é bem assim." Na altura, o geneticista chegou ao ponto de dizer que, embora "esperasse" que todos fossem tratados de forma igual, "as pessoas que têm de lidar com funcionários negros sabem que isto não é verdade".
Watson acabou por pedir desculpa e retratar-se, mas abandonou o cargo de chanceler que ocupava no laboratório. Agora, o cientista vai mais longe e afirma que as diferenças de QI entre caucasianos e outras raças se refletem no ADN.
Revista Visão (SOCIEDADE 14.01.2019)
Sem comentários:
Enviar um comentário