sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Em Flint, a água que sai da torneira é lixo tóxico

O escândalo da água contaminada na cidade de Flint, no estado americano de Michigan teria ocorrido se os moradores fossem brancos e ricos? Na altura os candidatos a presidenciais democratas, Hillary Clinton e Bernie Sanders, fizeram essa delicada pergunta.

O caso remonta para 2014, o ano em que o governador Rick Snyder nomeou um gestor de emergência para fazer uma mudança no sistema de abastecimento de água: a fonte, que era o sistema de Detroit há meio século, passou a ser o rio Flint. Pouco tempo depois, os habitantes queixavam-se de que a água cheirava mal e que estava com problemas na cor; descobriu-se que a mesma estava contaminada com trialometanos (poluentes ambientais considerados cancerígenos), substâncias cancerígenas, e bactérias.
O caso veio a público e o FBI abriu uma investigação, onde funcionários públicos do estado do Michigan foram expulsos de funções, e tanto o governador daquele estado como membros de topo da administração foram acusados criminalmente, até de homicídio.

O realizador Michael Moore – que é de Flint – esteve na cidade, para participar numa manifestação de protesto, a exigir que o Obama fosse ver a situação com os próprios olhos e para o governador Rick Snyder demitir-se. “Ele sabia que havia toxinas, poluentes e chumbo a contaminar a água e a chegar às torneiras dos residentes.” 
No documentário "Fahrenheit 11/9" mostra Moore a usar a água de Flint para limpar a casa do governador de Michigan, Rick Snyder.


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