segunda-feira, 1 de abril de 2019

Será que Jair Bolsonaro é uma ameaça para o mundo?

Jair Messias Bolsonaro nascido a 21 de março de 1955 é um militar da reserva, político e atual presidente do Brasil.




Contexto da sua vitória:

As eleições presidenciais de 2018 no Brasil tiveram o maior  número de candidatos desde a disputa de 1989. Eram 13 candidatos, ao todo, em 1989 foram 22. Mas apesar das muitas opções os eleitores dividiram se maioritariamente entre 2 eixos políticos, o “Petismo” e o “Antipetismo”.
O PT reúne os apoiantes do partido dos trabalhadores, de Lula da Silva e Dilma Rousseff, que esteve no poder de 2003 até 2016, quando Dilma foi destituída! Mas se, quando deixou o poder, em 2010, Lula beneficiava de níveis de popularidade de 87%, algo mudou nos últimos anos! Essa mudança tem um nome: Lava Jato. A mega-operação judicial já condenou por corrupção vários atores políticos, cinco deles ligados ao PT, incluindo o seu líder histórico. Lula foi condenado já por duas vezes e está preso por corrupção e lavagem de dinheiro.
Com a nuvem de corrupção a abater-se sobre o partido mais popular do Brasil, a onde de rejeição do PT cresceu imenso. O candidato que mais beneficiou do “Antipetismo” foi Jair Bolsonaro, que herdou o primeiro lugar nas sondagens desde que Lula teve a sua candidatura barrada pelo Tribunal superior Eleitoral. Bolsonaro parecia por um lado o candidato preferido dos brasileiros, porém também apresentava a maior taxa de rejeição de todos os candidatos. A tentativa de assassinato durante uma ação de campanha não acalmou os ânimos a seu favor, porém trouxe lhe popularidade e atenção dos media.
O PT ganhara um novo rosto para substituir Lula, Fernando Haddad, o ex-prefeito de São Paulo.
O candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro (Partido Social Liberal – PSL) foi eleito então Presidente do Brasil. Na segunda volta das presidenciais, Bolsonaro conseguiu 55,1% dos votos, enquanto Fernando Haddad (Partido dos Trabalhadores – PT, esquerda), não foi além de 44,9%. A sua vitória fez soar um alarme mundial. 


Representará ele um perigo mundial?


É a primeira vez na história moderna da América Latina que por votação popular, numa decisão democrática, alguém cuja plataforma política e cujas promessas de campanha são, na sua maioria, contrárias a valores e princípios básicos no que toca a matéria de direitos humanos. Que um candidato populista como este, com um discurso demagogo desses, chegue ao poder, não é propriamente uma surpresa. Mas a eleição de um candidato que faz apologia à ditadura militar brasileira, que defende o uso da tortura, que promove o fácil acesso às armas por parte dos cidadãos, e que promete que, no futuro, agentes da autoridade matem delinquentes sejam premiados, condecorados ou promovidos, alguém que trata os meios de comunicação como fake news, que abertamente adere a posições racistas e discriminatórias contra as mulheres, contra os negros, contra aqueles que têm uma orientação sexual diferente, é eleito com o apoio de uma ampla maioria dos eleitores, implica não somente uma ameaça muito séria ao sistema democrático brasileiro e ao respeito pelos direitos humanos (caráter universal), pelo tamanho do país, mas representa também um perigo, um risco muito, muito grave para a defesa dos direitos mais básicos.




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