As mulheres neozelandesas colocaram lenços na cabeça, como forma de prestar homenagem às vítimas do ataque terrorista a duas mesquitas na cidade de Christchurch, atentado este que provocara 50 mortos.
A iniciativa partiu de uma médica de Auckland (maior cidade da Nova Zelândia, é o principal centro financeiro e econômico), Thaya Ashman. Esta lembrou-se de criar o movimento depois de ouvir o relato de uma mulher que dizia ter receio de sair à rua com um lenço na cabeça, por pensar que poderia ser confundida com uma muçulmana e tornar-se um alvo a "abater".
Thaya Ashman
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Para as mulheres muçulmanas o véu na cabeça - o hijab - é um sinal de modéstia.
"Porque é que estou a usar um lenço na cabeça hoje? Se alguém tiver uma arma, eu quero estar entre ele e a pessoa para quem a arma esteja apontada. E não quero que ele [o atirador] consiga distinguirmo-nos, porque não há diferença", indica Bell Sibly de Christchurch com um lenço na cabeça.
A própria primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Arden, colocou um véu preto sobre a cabeça durante uma reunião com membros da comunidade muçulmana depois do tiroteio.
Jacinda Ardern, declarou o dia do atentado como um dos dias mais sombrios da Nova Zelândia e disse que o atirador, um australiano, optou por atacar na Nova Zelândia porque esta representa a diversidade, a gentileza e a compaixão.
Os neozelandeses parecem querer provar que Ardern tem razão e estão a praticar atos de bondade. Alguns cidadãos ofereceram boleias até aos supermercados ou acompanharam os seus vizinhos muçulmanos para que estes não se sentissem tão inseguros, pretendendo desta forma criar um clima de paz e segurança no país.
Jacinda Ardern
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