NOVA ZELÂNDIA: Ataque terrorista em duas mesquitas mata 49 pessoas
É "um dos dias mais negros na História do país", afirma Jacinda Ardern, primeira-ministra da Nova Zelândia, para descrever o tiroteio que ocorreu nas mesquitas de Masjid Al Noor e de Linwood. O massacre ocorreu numa das horas do dia em que os edifícios religiosos se encontram mais lotados, as tradicionais orações do meio-dia de sexta-feira. O atentado provocou 49 mortos e dezenas de feridos, 20 dos quais se encontram em estado grave.
Com uma câmara instalada no seu capacete, o assassino transmitiu o massacre ao vivo, via Facebook. O atirador, Brenton Tarrant, já foi presente ao juiz Paul Kellar, do tribunal distrital, que lhe leu uma acusação de homicídio. O arguido ficou em prisão preventiva e vai regressar ao tribunal no dia 5 de abril. Juntamente com Tarrant, foram detidos 3 suspeitos, um dos quais foi libertado, pois acredita-se não estar envolvido no incidente.
"O tempo de mudar é agora", afirma a primeira-ministra neozelandesa quando anuncia a alteração das leis sobre armas no país, após o ataque. A mesma lembra que o assunto já foi discutido em anos anteriores, mas que, após este caso, não é possível adiar uma ação neste sentido.
Uma das medidas que procura implementar é o banimento de armas semiautomáticas, uma vez que foram apreendidas cinco armas utilizadas no sucedido, das quais duas pertenciam à respetiva categoria. Vale lembrar que o homicida tinha licença e comprou os objetos legalmente, daí a existir uma urgência para proibir a compra dos mesmos.
Na conferência de imprensa, a primeira-ministra diz também que grande parte das pessoas afetadas correspondem a imigrantes ou refugiadas “que escolheram fazer da Nova Zelândia a sua casa”, frisando que “[A Nova Zelândia] é a sua casa. Elas são nós. A pessoa que perpetuou essa violência contra nós não é”.
“Culpa dos massacres nas mesquitas neozelandesas é dos próprios muçulmanos”, diz senador australiano.
O ataque que matou 49 pessoas, até ao momento, foi cometido por um ou mais supremacistas brancos, mas Fraser Anning insiste em responsabilizar as políticas de imigração que permitiram a entrada de "muçulmanos fanáticos". "Hoje podem ter sido as vítimas, mas normalmente são os culpados. Por todo o planeta, muçulmanos estão a matar gente em nome da sua fé a uma escala industrial.", declara o político australiano.
O senador independente do estado de Queensland afirma ser contra qualquer forma de violência, mas declara-se também defensor da liberalização das armas. Num comunicado sublinha ainda que o que sobressai "é o medo crescente na nossa comunidade, tanto na Austrália como na Nova Zelândia, da presença cada vez maior de muçulmanos".
No Twitter, Scott Morrison, primeiro-ministro da Austrália, comentou também as declarações polémicas do seu compatriota, citando "As observações do senador Fraser Anning a responsabilizar a imigração pelos ataques assassinos de um terrorista de extrema-direita na Nova Zelândia são repugnantes. Esses pontos de vista não têm lugar na Austrália, muito menos no Parlamento Australiano."
↳ Numa entrevista à revista Visão, Catarina Belo, especialista em Filosofia Islâmica foi questionada se a ideia de que o Islão radica numa religião intrinsecamente violenta ainda persiste. A esta pergunta, a filha do poeta Ruy Belo respondeu: "A paz é muito importante no Islão. Aliás, a saudação islâmica é um desejo de paz. São os grupos radicais – minoritários – que acabam por chegar às notícias. [...] A violência não faz parte da essência do Islão."
↪ Estes são alguns dos rostos das pessoas que se reuniam nos seus locais habituais onde celebram as suas crenças religiosas, não colocando a sociedade em perigo ao fazê-lo. Porém, mesmo assim, foram-lhes retiradas as suas próprias vidas.
!! Terrorista não é todo aquele que pertence à religião islâmica, pois:
TERRORISMO NÃO É UMA RELIGIÃO.
Terrorista é aquele que põe em risco a paz social.
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