DESIGUALDADES SOCIAIS

® Fatores de produção e reprodução da pobreza em Portugal

Em Portugal, tal como noutros países, um dos principais fatores de produção e reprodução da pobreza tem a ver com o facto de os desequilíbrios do mercado de trabalho gerarem desemprego, hoje dia ouve-se muito falar do desemprego a longa duração. O aumento do desemprego que se tem verificado em Portugal tem determinado as condições de vida dos indivíduos que se encontram nessa situação.

Nos últimos anos, em Portugal temos verificado uma expansão da pobreza devido a outros fatores sem ser o desemprego, como por exemplo:

-o trabalho precário, ou seja, alguém que não tem um trabalho permanente, normalmente associados a baixos salários e a uma relativa instabilidade;

- a um envelhecimento da população portuguesa, pois tem aumentado o número de idosos pensionistas, a receberem do Estado pequenas pensões;

- o divórcio e o enfraquecimento das formas de solidariedade O aumento de divórcios conduziu ao aumento de famílias monoparentais;

-o crescimento do número de imigrantes que entram em Portugal criou novas bolsas de pobreza, pois estes integram-se geralmente em ocupações precarizadas e mal renumeradas.

- Notícia

Notícia de outubro de 2018, onde a Eurostat (Gabinete de Estatísticas da União Europeia) diz que Portugal surge em 11.º lugar numa lista de 26 Estados, mas estes dados são relativos a 2017. Portugal, em particular, têm menos pessoas em risco do que em 2008. O que os dados do Eurostat fazem é comparar a forma como os diferentes países progrediram.

Categorias sociais vulneráveis à pobreza  

Em Portugal, as categorias sociais ou grupos mais vulneráveis à pobreza são constituídos por pessoas que, geralmente, apresentam algumas das seguintes características tais como:

            

•  Baixos níveis de instrução e da qualificação;
• Situações de desemprego e a não inserção nos sistemas de proteção social;
•  Idosos com reformas baixas;
•  Pertença a grupos desfavorecidos;
•  Toxicodependentes, crianças e jovens em risco, etc.

Para combater a pobreza, o Estado deve implementar, no âmbito das políticas sociais, medidas de combate à pobreza, não só concedendo subsídios, mas também promovendo a igualdade de oportunidades entre toda a população. Contudo, até agora, as políticas sociais prosseguidas pelo Estado português têm-se revelado insuficientes para resolver o problema da pobreza.

Tentativa coletiva para atingir e salvaguardar interesses comuns, desenvolvendo para isso ações coletivas que podem ocorrer fora das esferas institucionais regulares.

Movimento Social

As desigualdades sociais têm, desde sempre, provocado conflitos sociais entre grupos (classes sociais) com interesses diferentes.

Os grupos sociais com objetivos semelhantes, para promoverem melhor à defesa dos seus interesses próprios, criaram organizações em torno das quais desenvolviam as suas ações coletivas.

Na sociedade atual, a ação coletiva levada a cabo pelos sindicatos e pelos partidos políticos foi-se institucionalizando e perdendo parte da sua capacidade de mobilização. Em contrapartida, tem-se verificado o aparecimento, em todo o mundo, de uma grande variedade de movimentos sociais ligados a problemas como:

•         O género;
•         A defesa da paz;
•         O ambiente;
•         Direitos Humanos, etc.
  
  

Estes movimentos designam-se por novos movimentos sociais, para os distinguir dos que os antecederam. Na sua fase inicial, os novos movimentos sociais eram caracterizados por ter:

•  Uma organização mais informal;
•  Formas de ação coletiva mais diversificadas;
• Diferentes categorias socioeconómicas; 
• Interesses completamente universalistas ou muito particularistas.

“O crescimento dos novos movimentos sociais prova que os 

cidadãos não estão apáticos ou desinteressados (…)“

– Giddens, A., Sociologia, Lisboa, 2014.

Novos movimentos sociais – exemplos

- Defesa dos direitos humanos

                                                

Outros novos movimentos sociais tem por objetivo a defesa dos direitos humanos. 

"O conceito de Direitos Humanos reconhece que cada ser humanos pode desfrutar dos seus direitos humanos sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião, politica ou de outro tipo, de origem social ou nacional ou condição de nascimentos ou riqueza." – ONU.  Os movimentos dos consumidores, os movimentos da luta contra as violações dos direitos humanos e os defensores de uma globalização mais humanizada constituem exemplos de movimentos de defesa dos direitos dos cidadãos e das cidadãs. Estes movimentos tanto podem ser a nível local como global.

- Notícia 

Notícia no diário de notícias, no dia 8 de dezembro de 2018, um estudo feito pela Amnistia Internacional, onde diz que os afrodescendentes e os ciganos são os principais alvos de discriminação, mas nem tudo é mau porque 2018 foi ano em que as mulheres ativistas estiveram na linha da frente na defesa dos seus direitos. 

Nina Vidal