terça-feira, 21 de maio de 2019

DESIGUALDADES SOCIAIS

  • Pobreza e exclusão social

Pobreza Absoluta e Pobreza Relativa


O que é a pobreza/ser pobre?

Segundo a Comissão sobre Direitos Sociais, Económicos e Culturais, das Nações Unidas a pobreza é a "Condição humana caracterizada por privação sustentada ou crónica de recursos, capacidades, escolhas, segurança e poder necessários para o gozo de um adequado padrão de vida e outros direitos civis, culturais, económicos, políticos e sociais" 

Imagem relacionada  O objetivo nº1 da Organização das Nações Unidas, no programa do Desenvolvimento Sustentável, concentra-se na “erradicação da pobreza”. Esta é de facto uma das problemáticas mais frequente em todo o mundo, considerando que a pobreza não só existe nos Países em Desenvolvimento, como também existe nos Países Desenvolvidos. As origens da pobreza podem ser imensas, tais como: a precariedade/instabilidade no mundo do trabalho, o envelhecimento da população que por sua vez condiciona o avanço e o progresso do país; o desemprego, entre outros.
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  A pobreza absoluta e a pobreza relativa, distinguem-se por serem situações cuja avaliação depende de diferentes fatores. 
  A pobreza absoluta caracteriza-se pela restrição ao acesso das necessidades mais básicas à qual o ser humano por norma tem direito, devido à situação económica desfavorável dos indivíduos em questão. No nosso país, consideramos como necessidades básicas, por exemplo: o acesso a água potável, a eletricidade, a medicamentos, a uma habitação condigna, entre outros. Porém, é importante ter em conta que o conceito de necessidades básicas não é um conceito universal, na medida em que um bem básico para uma sociedade, pode ser considerado um bem de luxo numa sociedade diferente.
Atualmente, debatemo-nos com a questão de escassez de água e de água potável em certas regiões do mundo. Esta necessidade, que para a nossa sociedade é tão básica, torna-se de facto um privilégio para certas sociedades que não têm a sorte de possuí-la na mesma abundância que nós a possuímos.
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Pobreza absoluta
  Uma vez que, a pobreza absoluta se torna difícil de avaliar devido às divergências que existem de sociedade para sociedade, é utilizado um diferente indicador para avaliar situações de pobreza: a pobreza relativa. Esta refere-se a uma situação cujos indivíduos não possuem a capacidade económica ideal para poderem participar, dignamente, da mesma vida que a população presente naquele local usufrui. Isto é, o nível de vida destas mesmas pessoas encontra-se aquém do nível de vida da maioria das pessoas a seu redor.

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Pobreza relativa

  Deste modo, a pobreza e a exclusão social são coexistentes. A pobreza não se traduz simplesmente na fraca condição económica de alguém. Esta por sua vez, implica a exclusão dos indivíduos em vários contextos da sociedade. Exemplo: “uma criança que, devido às condições económicas em que vive, é obrigada a abandonar a escola ou não consegue ter sucesso escolar (devido a problemas de nutrição; impossibilidade dos pais fazerem um acompanhamento da sua aprendizagem quer pela falta de conhecimentos quer pela impossibilidade de pagar um apoio escolar extracurricular; problemas de saúdes crónicas devido às condições do alojamento; etc). O seu baixo nível de escolaridade, por sua vez, poderá ter impacto no leque de oportunidades que terá quando entrar no mercado de trabalho e, consequentemente, no seu rendimento mensal enquanto adulto.”

  A União Europeia adotou uma forma de calcular se alguém se encontra ou não em risco de pobreza. Em primeiro lugar, calcula-se a mediana do rendimento disponível no país, por adulto equivalente. Aqueles cujos rendimentos são inferiores a 60% dessa mediana, são considerados pobres. Será, no entanto, este cálculo completamente assertivo? Tendo em conta que 1€ pode ser o suficiente para distinguir um indivíduo numa situação de pobreza, de outro indivíduo que já não se encaixa nesse patamar devido a esta mínima diferença, provavelmente o cálculo não é o mais eficaz. Ainda assim, são outros os fatores que estão em falta no cálculo desta realidade. Por exemplo: não é contabilizado o custo de vida entre as diferentes cidades dentro do país; não é contabilizado o facto do indivíduo ter ou não ter alojamento pago; entre muitos outros exemplos,…

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  • Classes sociais, mobilidade social e movimentos sociais

Desigualdades sociais 

  As desigualdades sociais estão presentes em todas as sociedades, tendo em conta que: ou economicamente, ou politicamente, ou socialmente, existirá sempre um grupo restrito de indivíduos que detém maior poder, influência, ou prestígio do que o resto dos cidadãos. A profissão que cada indivíduo exerce é o que, essencialmente dita, o grupo social em que o indivíduo se irá encaixar: os mais ou menos prestigiados. 
  As disparidades, porém, podem tomar rumos exuberantes. Segunda a ONG Oxfam, os 26 multimilionários detém tanto dinheiro como metade da população mundial. 
“Entre 2017 e 2018, surgiu um novo milionário a cada dois dias, enquanto metade da população do planeta viu os seus recursos diminuírem 11%. Na última década, desde a crise financeira global, o número de multimilionários quase que duplicou.”
- Estudo realizado por: Public Good or Private Wealth
  As desigualdades sociais, por sua vez comprometem a inclusão dos cidadãos na sociedade. É certo que, economicamente falando por exemplo, indivíduos com maior poder têm mais oportunidades do que os restantes. Exemplificando, um indivíduo com maior poder económico, pode facilmente participar em situações culturais, em comprar bens, em viver numa habitação confortável, etc,… Os grupos sociais acabam por se tornar num círculo praticamente fechado, tendo em conta que indivíduos que partilhem o mesmo “estatuto”, coexistem nos mesmos espaços, por exemplo: no local de trabalho. Por isso, em situações como uma vaga de emprego, é provável que pessoas com maior poder tenham mais facilidade em o preencher.
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“Em todos os tempos peixe grande come peixe pequeno”
-Provérbio popular
    

Novos movimentos sociais: Homossexuais

  O movimento homossexual, ou o movimento LGBT designa o agrupamento social daqueles que lutam pela defesa da sua identidade, e pelos direitos a que estes, tal como todos os grupos da sociedade, detêm. O preconceito, ou neste caso a homofobia, é uma problemática que continua a existir. Ser homofóbico, traduz-se no ato de discriminar, criticar, ofender ou ridicularizar aqueles que têm por natureza uma orientação sexual diferente destes. A exclusão e a humilhação deste grupo de pessoas, levou à criação deste movimento, que procura terminar com esta problemática. Estes movimentos manifestam-se a partir de paradas na rua, redes e grupos sociais, entre outros. 

  Entre 1850 e 1933, foram vários os movimentos que procuraram terminar com a criminalização da homossexualidade e travestismo. Estes tiveram origem e maior intervenção na Alemanha, tendo terminado com o aparecimento do regime opressivo dos Nazis. Considerada durante muitas épocas como uma doença, foram até estudados remédios e injeções que acreditassem curar os doentes. A evolução que deteve destas épocas até agora fora alguma, mas este processo é certo que tem sido lento e difícil. No entanto, o movimento tal como o conhecemos hoje, com ONGs e campanhas de formação do público, desenvolveu as suas linhas ideológicas durante a década de 70.

  Ainda na atualidade, ter relações homossexuais é considerado crime em vários países, sendo que muitos destes punem com a pena de morte. Em Portugal, pelo contrário, o casamento homossexual já é permitido. A lei apoia a liberdade sexual, mas para muitas mentalidades existe ainda uma barreira imaginária que divide gays de heterossexuais, no que toca a direitos humanos. 
  Amor é amor, é um dos lemas da LGBT. Traduz o facto do amor não ter limites para quem o sente. E como o amor não tem medidas, este acontece por pessoas do sexo oposto, por pessoas do mesmo sexo, pelos dois até. Por quem, cada um de nós (seres humanos cujas escolhas devem ser respeitadas,  mesmo não sendo equivalentes às nossas) desejarmos.

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Beatriz Alexandra

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