quinta-feira, 23 de maio de 2019

Globalização


Globalização e consumo (padrões e hábitos)


O que é? 


       A sociedade de consumo é o tipo de sociedade que se encontra numa avançada etapa e desenvolvimento industrial capitalista e que se caracteriza pelo consumo excessivo de bens e serviços. Conceito de sociedade de consumo está ligado ao de mercado e, por fim, ao conceito de capitalismo.


Características de Sociedade de Consumo:


  • A oferta excede a procura, o que implica o recurso a estratégias de marketing para escoar a produção;
  • Sociedade de oferta de bens normalizados, produzidos a baixos custos que resultam da produção em série, atrativos e de duração efémera pois as necessidades de produzir e escoar são permanentes;
  • Sociedade com padrões de consumo massificados devido ao tipo de oferta (bens padronizados) e tipo de pressões exercidas sobre o consumidor (a publicidade sugere modelos de comportamento a seguir).


Definições:

Consumo de massas: Comportamento típico das sociedades de consumo que se manifesta por um consumo massificado de bens normalizados de curta duração e acessíveis à generalidade da população.
Consumismo: Conjunto de comportamentos e atitudes suscetíveis de conduzir a um consumo sem critérios, compulsivo, irresponsável e perigoso.
Consumerismo:Designa a organização dos consumidores, a formação de associações e o desenvolvimento dos respetivos meios de informação e de ação com a finalidade de verem reconhecidos os seus direitos.


 Sociedade de consumo

                  → Os meios de comunicação em massa (jornal, televisão e rádio), têm o poder de criar a necessidade de uso de novos produtos;
                  →A associação entre esse modelo de produção em série, as empresas prestadoras de serviços, caracteriza assim a chamada sociedade de consumo.

Globalização e a sociedade do risco e da incerteza

  Sociedade de risco é um termo usado para descrever a maneira pela qual a sociedade moderna se organiza em resposta ao risco. O termo foi dado pelo sociólogo alemão Ulrich Beck no seu livro Risikogesellschaft (1986) onde coloca a sua teoria, as origens e as consequências da degradação ambiental da sociedade moderna.

Ulrich efetua uma análise da sociedade contemporânea em que faz sobressair o facto dos aspetos negativos ou riscos superarem os aspetos positivos e acima de tudo, escaparem do controlo das instituições sociais.

Ter uma cultura de risco implica possuir conhecimentos que permitam a prevenção de situações de risco e a autoproteção em caso de perigo.
Encontrar uma definição para sociedade de risco vai de encontro à opinião e argumentos dos sociólogos Anthony Giddens e Ulrich Beck. De acordo com o sociólogo britânico Anthony Giddens, uma sociedade de risco é "uma sociedade cada vez mais preocupada com o futuro (e também com a segurança), o que gera a noção de risco", enquanto o sociólogo alemão Ulrich Beck define como "uma forma sistemática de lidar com perigos e inseguranças induzidas e introduzidas pela própria modernização”.
A teoria da sociedade do risco de Ulrich Beck é das teorias da sociologia do século XX com mais impacto. A publicação do livro deste autor, Risikogesellschaft, em 1986, iria traçar o destino de uma das teorias sociológicas mais debatidas, e que originou toda uma linha teórica baseada na modernização reflexiva.
A sociologia nasceu para o estudo das sociedades no quadro dos estados-nação. Beck questionou ao longo de toda a sua obra como lidar com a vida em sociedade quando a ação e as decisões se deslocam para o plano global mas a maioria das populações continua a viver localmente.
A importância do conceito de sociedade de risco pode passar despercebida no nosso dia-a-dia, mas cada vez que lemos um jornal ou vemos um telejornal estamos a viver essa sociedade de risco, pois temos a noção do perigo que é viver na nossa época.


Temos a noção dos perigos que corremos por via das alterações climáticas, da poluição produto da radioatividade das centrais nucleares que explodem ou podem explodir, das contaminações alimentares em larga escala, das epidemias modernas ou renascentes. No entanto, não entramos em pânico perante o risco, vivemo-lo e assimilamo-lo, seja opondo-nos às suas causas, seja exigindo que quem governa, quem detém a produção, quem é proprietário cumpra as suas responsabilidades para com os restantes, protegendo-os do risco.


Esta visão do mundo, que é a nossa, é radicalmente diferente de outras épocas em que o risco não era “nosso conhecido”. A reflexividade inerente ao conhecimento do risco era ausente e Beck soube explicar-nos porque o nosso mundo era diametralmente diferente e qual o poder que nos era conferido, ao podermos agir sobre o risco e mudar as nossas sociedades. Beck foi um sociólogo e investigador mas também um intelectual europeu ativo.

                                                                                                                                                  Diana Freire

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