quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

A saída do Reino Unido da União Europeia


  Possivelmente, o Brexit tem sido um dos assuntos mais discutidos e polémicos dos últimos tempos. Os cidadãos do Reino Unido separam-se portanto em duas vertentes, distintas por convicções opostas : os que vão contra este fenómeno, e aqueles que de facto apoiam totalmente a decisão.
 O Reino Unido torna-se membro integrante da União Europeia no ano de 1973, altura em que funcionava ainda como Comunidade Económica Europeia (CEE). O Reino Unido é um dos Estados-Membros da União que não pertence à Zona Euro e ao Espaço Schengen. O Espaço Schengen caracteriza-se pelos países que formam um espaço sem fronteiras, na qual é livre a circulação de pessoas e de bens. 

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  Pouco após ter ingressado na CEE, o Reino-Unido participou de um referendo no ano de 1975, que questionava aos cidadãos a preferência em permanecer ou sair da Comunidade. O resultado foi favorável à permanência do país.
 Muito recentemente, em 2016, foi realizado um novo referendo na qual o resultado favorecia, contrariamente ao referendo anterior, à saída do Reino-Unido da União. 
  Assim, inicia-se o processo do Brexit. No mês de Novembro de 2018, após dois anos de negociações, a União Europeia autoriza a proposta apresentada pelo Reino Unido. No entanto, no início do ano de 2019 o parlamento rejeita o plano da Primeira-Ministra Theresa May em relação ao Brexit. Desta maneira, persiste um ciclo de incertezas para o futuro do país.

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  Aquando David Cameron exercia o seu cargo de Primeiro-Ministro, o partido à qual estava aliado, negociou com este para que fosse feito um referendo em relação à integração do país na União Europeia. Sendo que o resultado do referendo favorecia ao Brexit, David Cameron renuncia o seu cargo, por não estar de acordo. O seu lugar foi substituído por Theresa May que promete não voltar atrás com este processo. 
 A formação de um Ministério com cerca de 300 empregados que apoiam claramente o Brexit e que se dedicam exclusivamente ao trato de assuntos relacionados com o mesmo, é mais uma consequência política deste fenómeno.
 É importante notar que, no dia seguinte ao referendo de 2016, ocorreu uma enorme desvalorização da libra, o que alarma também para uma possível previsão do que poderá ser da economia do Reino-Unido após a sua saída. A instabilidade da situação do país, leva a que os mercados não sintam a confiança necessária para negociar com o Reino-Unido, daí a desvalorização desta moeda.
  O Brexit pode igualmente gerar consequências para a União Europeia, tendo em conta que será menos um membro a contribuir monetariamente para a União, que os acordos comerciais entre o país e a Organização terão de ser renovados e, também é preciso refletir sobre como esta decisão poderá influenciar outros membros a seguir o mesmo caminho.

  Propostas foram negociadas entre o país e a União Europeia. Esta sugeriu até a criação de um novo modelo alfandegário, baseado numa zona de livre comércio entre os membros, de forma pacífica e sem atritos. Os apoiantes mais radicais do Brexit, que têm como princípio quase fundamental a soberania do Reino-Unido, afirmam que tal continuaria a não fornecer soberania ao país.
  Em relação à Irlanda do Norte, a União Europeia sugere a integração da mesma na UE, o que de facto desagrada ao país por ser uma espécie de desunificação com o resto do Reino-Unido.
  O país, por sua vez, sugere a manutenção de uma ligação aduaneira com a União Europeia, isto é: continuar a negociar e a comercializar livremente com os países-membros, mesmo não sendo um desses membros.  Perante isto, propunham que assim sendo, não fosse permitida a livre-circulação de pessoas, a não ser segundo certas leis que visassem oportunidades de trabalho ou de estudos para essas mesmas pessoas. Propunham também um maior controle de impostos alfandegários e ainda a aprovação do Parlamento Britânico face às propostas da União Europeia.

  Opositores ao Brexit defendem a importância do país em comercializar livremente com todos os estados-membros da União, vantagem que de facto se sobrepõe aos gastos monetários. Apoiantes do Brexit, por sua vez, defendem que a saída conferia maiores oportunidades no mercado cujo controle passaria a ser autónomo. Acreditam que o valor monetário pago à União, não compensa. Além disso, os imigrantes Europeus diminuiriam, o que daria oportunidade à imigração de Americanos, que no seu ponto de vista, beneficiariam mais para a economia do país do que os Europeus. 
  Opositores do Brexit discordam com a afirmação anterior: a imigração simplesmente não iria desaparecer com os limites de fronteiras impostos.

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No cartaz escrito " Brexit, será que compensa? "


  Esta questão continua a ser debatida, porém pressupõe-se que no ano de 2019 este processo irá ser finalmente encerrado.




                                                                                                Beatriz Alexandra

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