sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Portugal antecipa-se e vai proibir palhinhas e cotonetes em 2020

Sacos que se fragmentam em microplásticos (oxo-degradáveis) vão ser proibidos a partir de Janeiro. Os que são mais resistentes deverão, também nessa altura, ficar mais caros. As metas do Governo passam ainda por garantir que em 2021 as garrafas de plástico tenham tara retornável.


Pratos, talheres, palhinhas, palhetas para o café, copos e cotonetes. Se forem de plásticos e pensados para usar apenas uma vez, estes produtos vão desaparecer das prateleiras dos supermercados até ao segundo semestre de 2020. O Governo quer antecipar em, pelo menos, meio ano a directiva europeia que impõe o fim da comercialização de certos descartáveis até 2021.

Além de desaparecerem das lojas, trata-se também do fim da loiça descartável de plástico na restauração e noutros locais públicos – algo que já acontece nos serviços e repartições da administração pública, proibidas de comprar descartáveis desde o início do ano. “A indústria já teria que o fazer. O que estamos a dizer é que vamos antecipar no mínimo em seis meses, talvez um ano, aquilo que é definido pela Directiva [sobre os Plásticos de Uso Único]”, explica o Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes. A presidência do Conselho Europeu e o Parlamento chegaram em Dezembro a um acordo provisório sobre a directiva, prevendo-se que esta entre em vigor em Junho. Define como meta para o fim de certos descartáveis de plástico, para os quais existem alternativas, o ano de 2021.

O cumprimento desta directiva fará também com que desapareçam os sacos de plástico oxo-degradáveis, ainda usados em alguns hipermercados. Apesar do nome, estes não se degradam facilmente, fragmentando-se antes em pequenos pedaços (microplásticos) que são facilmente assimiláveis pelo meio ambiente e muito difíceis, senão impossíveis, de remover. Vai ser proibido vendê-los a partir de 1 de Janeiro de 2020, afirma Matos Fernandes.

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