Realizado por Peter Farrelly e protagonizado por Viggo Mortensen e Mahershala Ali, a trama acompanha Tony Vallelonga (ou Tony Lip, como é conhecido entre os amigos), um homem um tanto racista, que é contratado por Don Shirley, um músico negro, para ser seu motorista. É quando ambos partem numa digressão pela América que Tony começa a ver o mundo com outros olhos.
Logo desde início, é notável a simplicidade deste filme e percebemos que será um filme direto, o mais aproximado da realidade possível e sem grandes surpresas na narrativa. É precisamente por estes motivos que este filme se torna especial, pois comprova que não é necessário muito para se ter um bom filme. O essencial é ter um bom guião, uma boa cinematografia e bons atores, capazes de transmitir bem a essência das suas personagens.
No que toca ao guião, no geral este é simples, mas percebe-se que alguns momentos foram pensados ao pormenor. É o caso do momento em que ambos vão ao KFC, que se apresenta aqui não apenas como um restaurante de frango frito, mas também como um modo de mostrar um certo preconceito.
As interpretações, como já referi, são excelentes e é bastante notável o trabalho dos dois protagonistas. Claramente, Viggo Mortensen é quem mais se destaca, especialmente por estar com um visual completamente diferente, com alguns quilinhos a mais e um sotaque a puxar para o italiano. Por sua vez, apesar de ser considerado mais secundário, Mahershala Ali tem momentos bastante poderosos neste filme e a presença um tanto excêntrica, mas solitária, da sua personagem que também é bastante interessante.
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