O Vaticano recebeu até este domingo todos os presidentes das conferências Episcopais do mundo para uma reunião inédita sobre abusos a crianças por membros do clero, um tema que abalou a Igreja em 2018.
Ouvir as vítimas, aumentar a consciência, aumentar o conhecimento, desenvolver novos procedimentos e partilhar boas práticas foram alguns dos objetivos do encontro.
O Papa inaugurou a cimeira e apontou oito pontos nos quais considerou que a Igreja se deverá centrar para combater o flagelo. Pontos estes que abarcarão desde um maior cuidado na seleção e na formação dos candidatos ao sacerdócio à criação de normas que vinculam os bispos do mundo inteiro à obrigatoriedade de denunciarem os abusos que vierem a detectar. A Igreja Católica fará tudo o que for necessário para entregar à Justiça todos os que abusaram sexualmente de menores ou adultos vulneráveis, garantiu este domingo o Papa Francisco, no seu discurso de encerramento da cimeira.
Trata-se pois de declarar “guerra total” aos abusos cometidos no seio da Igreja. Abusos estes que motivaram uma ira, justificada, entre vítimas e fiéis.
O que faltou no discurso do Papa foi explicitar o 'quando' e o 'como' é que os abusos vão acabar e o que é que vai acontecer exactamente aos que abusaram e aos que encobriram estes casos gravíssimos.
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